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Menos é Mais!


“O fitness pode-se construir com dinheiro. Mas o exercício, só com ciência e pensamento crítico” (João Moscão, 2017)


Todos os indivíduos (100%) concordam "que a atividade física regular permite melhorar a qualidade de vida e 90% reporta gostar de praticar" (Os Portugueses e a Atividade Física: Barómetro 2018 - resultados preliminares). Apesar dos evidentes benefícios do Treino com Resistências na saúde em geral, e da "falta de tempo" ser o principal obstáculo apontado pelos que não praticam, o ACSM (2014) continua a promover este tipo de treino com recomendações de volume muito elevado - contas feitas: o praticantes é levada a crer que tem de passar entre 3 a 8 horas por semana no ginásio. No entanto, há evidências dos principais benefícios - e significativos - poderem ser propiciados com um volume muito menor (Steele, 2017; Fisher, 2017) - tal como: apenas 2 sessões semanais, 3 a 10 exercícios em máquinas (simples de operar) em sessões que podem ir dos 15 aos 30 minutos.


Agora colocamos isto face aos pouquíssimos (5 ou 6%) de população que realmente faz exercício em Portugal - números estes que estão relativamente estáveis nos últimos 10 ou 15 anos. E tudo isto, apesar do sector do fitness crescer desalmadamente a cada ano: mais ginásios, mais profissionais, mais modalidades, tudo mais...menos clientes. Algo não está bem, e eu acredito que seja na atribuição de recursos financeiros (investidores e investimento) - que deveria ser maioritário (sempre) na educação dos profissionais, quer académica quer técnico-profissional. Além de PARECER, temos mesmo de começar a SER. Em vez do habitual "salve-se quem puder" o lema está a ser um "eduque-se quem puder"... e a fatura chegará, na forma de mais oferta que procura, e na forma de "banca rota" - uma eventual quebra no sector que lesará o único meio viável de promover saúde pública sem medicamentos.


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Referências:

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